Conforme a Emater, a colheita de trigo na metade norte do Rio Grande do Sul deve começar até o fim de outubro. Na região, as expectativas são cautelosas, mas otimistas.
A área projetada para a safra de 2024 nos 42 municípios do escritório regional da Emater em Passo Fundo é de 115.800 hectares, com uma produtividade inicial estimada em 3,6 toneladas por hectare.
Na Região Norte, a colheita já começou em 3% das lavouras. O número sobe para 29% na Região Noroeste, com destaque para Santa Rosa.
— Até o momento o estado fitossanitário das lavouras é considerado bom, com poucas ocorrências de pragas ou doenças, embora os produtores estejam realizando tratamentos preventivos para proteger as culturas — destacou o gerente regional Dartanhã Vecchi.
Desafios climáticos
O produtor Paulo Baumgratz, de Ernestina, destacou que o plantio do trigo na região enfrenta atrasos devido a chuvas intensas, o que afetou o desenvolvimento das lavouras.
— O trigo está floreando e a colheita ainda não começou em larga escala. As expectativas não são as melhores devido ao tempo ruim das últimas semanas, o que prejudicou o desenvolvimento das plantas — comentou.
Assim como prevê a Emater, o produtor também acredita que a colheita começará a ganhar ritmo entre o final de outubro e início de novembro.
Expectativa no RS
O diretor técnico da Emater no Rio Grande do Sul, Claudinei Moises Baldissera, reafirmou que as condições climáticas das últimas semanas dificultaram o início da colheita, mas o sol que apareceu nos últimos dias deve permitir que os agricultores avancem nas atividades.
— A expectativa é que a maior parte das lavouras esteja na fase de enchimento de grãos e maturação, o que pode contribuir para uma boa colheita — disse ele.
Com uma área total de 1.312.000 hectares cultivados com trigo no Rio Grande do Sul, bons resultados podem ser obtidos mesmo com o atraso no plantio, especialmente se o clima se mantiver favorável.
As próximas semanas serão cruciais para determinar o desempenho das lavouras e a expectativa dos produtores.