O ânimo dos produtores de soja para a nova safra é positivo, disse o Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo. O otimismo é impulsionado pela expectativa de boas condições de mercado e produtividade.
A área de soja projetada na região, que abrange 42 municípios, deve chegar a 658.258 hectares na safra 2024/2025, como prevê o gerente regional da Emater em Passo Fundo, Dartanhã Vecchi.
De acordo com ele, o plantio está previsto para começar nas próximas semanas, assim que as condições climáticas forem adequadas. A frequência das chuvas é o que deve determinar o cronograma.
— A estimativa de plantio é robusta. Muitos produtores estão confiantes no manejo adequado da cultura e no potencial produtivo da soja na região, especialmente com o suporte de tecnologias e boas práticas agrícolas — declarou Vecchi.
O produtor Paulo Ornei Baumgratz, 62 anos, planta em uma propriedade de 60 hectares na localidade de Pessegueiro, em Ernestina. Ele deve iniciar o plantio no próximo dia 20.
— Na próxima semana tem previsão de chuva, então a tendência é esperar um pouco pro pessoal começar a plantar. Nossa expectativa está melhor que do ano passado, que não saiu como estávamos esperando — lembra.
Historicamente o plantio começa na segunda quinzena de outubro, com melhora nas condições de umidade do solo. Segundo o gerente da Emater, é preciso que haja estabilidade no clima para garantir boa germinação e estabelecimento das plantas.
— É importante que os produtores sigam as recomendações agronômicas, desde o preparo do solo, recomendações de adubação, escolha das cultivares adequadas às suas necessidades e expectativas, bem como o manejo da cultura, para evitar doenças — afirmou Vecchi.
Doenças como a ferrugem asiática causaram prejuízos extensos à lavoura de Baumgratz, na safra 2023/2024. Ele afirma que a solução pode estar na antecipação do tratamento das plantas.
— Esse ano o pessoal vai ter que se adiantar com o tratamento, não esperar tanto, para que essa ferrugem não ataque novamente. Às vezes ela ataca de um dia pro outro, e aí não tem mais o que fazer — pontuou o agricultor.