Por Ayrton Ramos, diretor técnico do Sebrae RS
No ano em que completa meio século de permanente incentivo à jornada empreendedora de micro e pequenas empresas do Brasil, o Sebrae faz de 2022 mais um importante marco em sua história ao apontar a sua unidade gaúcha como o Polo Sebrae de Indústria, nada menos do que o modelo a servir como centro de referência para a atuação da organização na indústria em nível nacional. E esse movimento que reconhece e dá luz a uma das mais importantes vocações da economia do Rio Grande do Sul não ocorre por acaso.
É com o ideal de se tornar protagonista deste cenário que o Polo já dá os seus primeiros passos atuando nos seus três pilares estratégicos
Representando 10% do setor industrial de todo o país, o RS, que hoje abriga mais de 130 mil empresas do segmento, tem mais de 95% desta importante cadeia produtiva representada por empresas de pequeno porte. E os números não param por aí. Um estudo inédito realizado este ano junto às pequenas indústrias gaúchas indicou, por exemplo, que quase 90% dos empreendedores deste nicho têm pelo menos parte dos seus fornecedores com matriz operacional no Estado.
É com o ideal de se tornar protagonista deste cenário que o polo já dá os seus primeiros passos atuando nos seus três pilares estratégicos: competitividade, indústria inteligente – oportunizando mais acesso a tecnologia, inovação e sistemas de gestão que qualifiquem ainda mais a atuação das empresas – e ESG, com a convicção de que as boas práticas ambientais, sociais e de governança não somente podem como devem ser fonte de geração de valor e de negócios.
Criado para ser um hub de conhecimento e de conexão com os mais relevantes players do setor, o polo nasce com o compromisso de que o fortalecimento dos pequenos negócios da indústria passa pelo crescimento de todos, em uma jornada de desafios e oportunidades equivalentes. Parte de uma organização inserida nas principais governanças do Estado e com vocação para olhar para frente e se antecipar às demandas, o modelo que é referência nacional passa agora a ser mais uma engrenagem na missão relevante de catalisar novas iniciativas de encadeamento produtivo para a indústria gaúcha a partir do efeito multiplicador de sua atuação, conectando grandes atores com a força do empreendedorismo industrial de pequeno porte.