Por Mário Fernando da Silveira Rocha, representante comercial
Certa vez, o poeta se apropriou da frase atribuída a Maria e colocou no papel: "Ser mãe é padecer no paraíso".
Sou o caçula dos cinco filhos da dona Ondina, que, com certeza, penou um bocado para dar educação a essa turma mesmo contando com a ajuda do seu Ary, mas isto é uma outra conversa. Sendo assim, sei o valor de uma mãe.
Quis o destino que eu me tornasse um "pãe", como eventualmente sou chamado por meus filhos. Fiquei viúvo aos 47 anos, com três filhos, isto há oito anos. Na época, Matheus com 19 anos, Roberta, 18, e o Caetano, próximo de completar os seus 11 anos.
Como muitos sabem, a criação dos filhos é uma árdua missão. Começava ali a responsabilidade de seguir em frente com o plano de sermos felizes. Não nos restava outra saída, aliás, não queríamos outra, senão esta. Combinamos que, mesmo sendo muito duro, teríamos que pôr um fim naquele capítulo das nossas vidas, ou para aquela primeira parte. A partir desse dia, tínhamos a incumbência de começar a escrever uma nova história e que nós seríamos os responsáveis de torná-la a melhor possível.
Eu sabia que mãe ninguém substitui, mas eu prometi que ao menos iria me esforçar ao máximo para amenizar a falta que a Ivana estava e que sempre estará nos fazendo.
Com a ajuda de todos, isto foi possível. Aprendi muito com eles. Me deram todo o suporte quando, um ano depois, fui demitido do meu emprego de 25 anos e seguraram junto comigo todas as dificuldades que foram surgindo.
Hoje quero só olhar para a frente. Vejo meus filhos estudando, trabalhando em busca de dias melhores e acredito que consegui passar valores fundamentais para se tornarem pessoas do bem. Dei continuidade aos ensinamentos deixados pela mãe deles.
Tenho muito orgulho dos meus filhos, da família que nós formamos e sei que, de um lugar muito especial, a mãe deles assiste a tudo e está muito orgulhosa.
E, neste Dia das Mães, tenho a pretensão de festejar também, mas sabendo humildemente que jamais chegarei aos pés de uma mãe, mesmo sendo um "pãe" para os meus filhos.