Por Karen Fróes, assistente do Gabinete da Presidência do TRE-RS
A Copa do Mundo acabou e as atenções se voltam para a segurança da urna. A certeza de que voto será contabilizado na apuração não passa pela peneira do eleitor. Na peneira, tal qual a do futebol, a segurança do voto eletrônico está associada à credibilidade dos candidatos.
Atenta, a Justiça Eleitoral legitima a eleição aprimorando a fiscalização do voto. Este ano, pela 1° vez, haverá auditoria nos locais de votação junto à votação paralela. Garantia a mais de proteção ao voto e transparência ao sistema eletrônico.
Além votação paralela, que ocorre desde 2002, teremos em jogo a estreante auditoria mediante verificação dos sistemas, que ocorre direto nas seções eleitorais sorteadas na véspera.
A paralela é uma auditoria por amostragem, filmada, para a qual representantes dos partidos, do MP e da OAB são oficiados para comparecerem ao sorteio das urnas que serão auditadas - este ano na PUCRS. O sorteio começará às 9 horas de sábado em cerimônia aberta, no TRE-RS.
A novidade é que nestas eleições, além da paralela, será realizada a verificação dos sistemas instalados nas urnas. Dessa maneira, após o sorteio da votação paralela, serão sorteadas mais 8 urnas, para auditoria nas seções eleitorais, com supervisão local dos representantes locais dos partidos, MP, OAB ou qualquer interessado.
Em 22 anos de voto eletrônico, nunca houve comprovação de fraude, garantindo a credibilidade da Justiça Eleitoral como uma das suas maiores conquistas, orgulho de juízes, servidores e mesários. Cada leitor, eleitor ou não, está convidado a acompanhar as auditorias e conferir uma pequena parte deste trabalho. A torcida da Justiça Eleitoral é pelo alcance de confiabilidade do voto eletrônico, próximo ao atingido pelo VAR, sigla em inglês para o incontestável árbitro de vídeo, que também estreou na Copa e que, ao sinal mímico de retângulo pelo juiz de futebol, colocava a torcida em silêncio apenas na expectativa pelo veredito sobre o lance.