O consumo de bebidas alcoólicas entre jovens se traduz num grave problema que vem evoluindo drasticamente ao longo do tempo, afetando a sociedade na sua globalidade. Por se tratar de uma população vulnerável, diversos grupos de pesquisadores têm se dedicado a estudar mais detalhadamente este comportamento juvenil. (média de 13 anos de idade) e adultos jovens. Também foi comprovado que o consumo precoce antecipa os riscos graves à saúde: hepatite alcoólica, gastrite, síndrome de má absorção, hipertensão arterial e cardiopatias.
Um dado preocupante é o que relaciona o álcool com o aumento do risco de câncer. Isso ocorre devido a uma falha da produção da enzima desidrogenase alcoólica, presente em cerca de 6% da população. Esta ausência da enzima impediria a metabolização de um subproduto da bebida alcoólica, o acetaldeído, provocando danos permanentes ao DNA de células-tronco e o aumento do risco para vários tipos de cânceres: boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama.
As constatações científicas são de que o início do consumo do uso do álcool vem ocorrendo cada vez mais precocemente entre adolescentes
O uso de álcool na adolescência está também associado a comportamentos de risco, aumentando a chance do envolvimento em acidentes de trânsito, aumento de condutas violentas, inclusive sexuais. Além desses riscos, a bebida também serve como facilitador para uso de outras drogas. Portanto, o consumo de álcool por adolescentes está fortemente associado ao risco de morte violenta, ao mau desempenho escolar, às dificuldades de aprendizado, aos prejuízos no desenvolvimento e na estruturação das habilidades emocionais, cognitivas e comportamentais do jovem.
Conclui-se que o uso/abuso de álcool é multifatorial, envolvendo características biológicas, psicológicas, comportamentais, familiares e sociais. Uma das maneiras de se lidar com este problema de saúde pública é levar em conta os controles já existentes nas políticas de redução de danos relacionados ao uso de drogas. No caso do alcoolismo, é importante estar atento para as estratégias de limitar os efeitos indesejáveis através de uma múltipla abordagem, reservando um grande papel para a mobilização das suas próprias redes de sociabilidade.