Clóvis Malta Jornalista
Se pensarmos que um dia, não muito distante, quase colocamos abaixo o Mercado Público de Porto Alegre, vamos entender melhor por que chegamos a esta situação de calamidade urbana. O prédio majestoso, que é a síntese da cidade, já tinha sobrevivido a todo tipo de catástrofe, de enchentes a incêndios. Conseguiu também resistir ao pedido de passagem dos carros, preservando a diversidade de seu público, as casas de artigos religiosos, o cheiro de peixe misturado ao de charque, de especiarias e de erva-mate, os locais percorridos por Lupicínio Rodrigues e até mesmo aquela inquietante cadeira na qual teria sentado Francisco Alves, pendurada na parede de um de seus bares boêmios.
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