Como todos sabem, a tabela do Imposto de Renda está defasada em mais de 80%, desde 1996, devido a uma política nefasta de "corrigir" por índices menores que a inflação. Essa medida é uma maneira sorrateira de aumentar a carga tributária de todos cidadãos e engorda os cofres públicos em dezenas de bilhões de reais. Um mero movimento pela correção de um imposto poderia mover nosso PIB e ajudar, e muito, nosso país a sair da recessão.
Um eventual aumento de imposto tem que ser amplamente debatido com a sociedade. Importante destacar que essa mesma política de oneração também ocorre em relação às tabelas do Simples Nacional e com o Adicional de IR que está congelado em R$ 20 mil há duas décadas.
Porém, o que muitos não sabem é a consequência desse confisco no bolso do trabalhador, seja ele empregado, autônomo ou empresário. Estudo complexo, elaborado pelo Sescon-RS em parceria com a PUC, aponta que o fato de o governo tirar de circulação em torno de R$ 38 bilhões por ano impacta diretamente no crescimento da economia, que deixa de crescer 0,20% do PIB só em um ano. Esse desestímulo para a economia também tira da sociedade 240 mil empregos. Já em longo prazo, o acréscimo desses recursos na economia geraria um incremento de 0,44% no PIB. Segmentos como setor imobiliário, alimentação, bebidas, vestuário poderiam ser ainda mais beneficiados, com crescimentos de 1,05%, 0,96%, 0,94% e 0,86%, respectivamente.
Apesar de esse tema não estar diretamente ligado aos seus representados, o Sescon-RS, por ter como sua bandeira o dever de estar a serviço da sociedade, vem acompanhando há um bom tempo e está na luta em defesa do Brasil e dos brasileiros. Vamos continuar empregando todos os nossos esforços para reverter essa verdadeira injustiça. Recentemente, entregamos nosso estudo para a senadora Ana Amélia Lemos, que também está nessa luta e tem um projeto para atualizar a tabela. Apoiaremos e acompanharemos a senadora nessa cruzada em prol dos contribuintes.
Precisamos, enquanto sociedade, nos unir para reverter essa danosa situação e fazer com que o governo federal e nossos parlamentares entendam que essa prática, além de maldosa, é extremamente perversa com o Brasil.