Ganhou destaque no noticiário nacional a manifestação do ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, reconhecendo que o governo deu o cargo de ministro da Saúde ao deputado Ricardo Barros em troca do apoio do Partido Progressista (PP) no Congresso Nacional. Padilha apenas detalhou, em pronunciamento gravado durante evento da Caixa Econômica Federal, em Brasília, uma típica prática da gestão pública brasileira, na qual, a rigor, não há irregularidade. Há, entretanto, a constatação de que as relações entre Executivos e parlamentos brasileiros, como ocorre desde a redemocratização, são contaminadas pelo vírus do fisiologismo, cujas causas vão da promiscuidade entre poderes ao excesso de partidos e, principalmente, à falta de programas partidários coerentes e consistentes.
Editorial
O vírus do fisiologismo