A decisão de integrantes do governo estadual e da prefeitura de Porto Alegre de se reunirem ontem para dar início à busca de parcerias na área de segurança pública é uma iniciativa promissora sob o ponto de vista dos cidadãos. Ainda que segurança pública seja uma atribuição do Estado, a prefeitura também pode contribuir com o que está ao seu alcance, somando esforços para permitir mais tranquilidade a quem vive ou circula em Porto Alegre.
Na campanha eleitoral para a prefeitura, o então candidato Nelson Marchezan incluiu segurança pública, saúde e geração de empregos entre suas prioridades, sem prejuízo de atribuições típicas como a qualidade dos serviços de maneira geral. Essa foi também uma das preocupações mais citadas pelos eleitores, que agora devem ficar atentos, evitando dar margem para a questão se prolongar em infinitas reuniões de grupos de trabalho sem efeitos práticos.
Algumas providências em âmbito municipal já estão em andamento em Porto Alegre, o que tende a facilitar avanços. Entre elas, estão a instalação de câmeras em ônibus e táxis. É preciso haver também uma definição mais clara sobre a participação da Guarda Municipal.
Em tempos de insegurança máxima e recursos mínimos, a integração entre as ações das duas instâncias da federação pode não ser suficiente para reduzir a sensação de insegurança. Ainda assim, constitui um alento.