Vivemos num país democrático. Podemos divergir, protestar e nos manifestarmos, desde que pacificamente. Em nada ajudam protestos apenas criticando ou incitando a violência ou reivindicando direitos de pequenos grupos. Sabemos que o processo de impeachment se arrastou demais com um desfecho já esperado, porém com gosto de um acordão final, que gera dúvidas sobre o real motivo, mantendo a discussão de golpe, mas esta é uma decisão que ficará para as urnas daqui a dois anos. Agora precisamos que o Brasil volte a trabalhar e que as reformas sejam efetivadas para voltarmos a crescer com equilíbrio fiscal, inflação baixa e sem mais tributos.
Ao invés do caminho curto e preguiçoso do aumento de impostos, é preciso fazer mais com menos, sem onerar o bolso do eterno pagador, o cidadão contribuinte. Contrariando a lógica e o bom senso, os governantes agem na direção oposta, aumentando o tamanho do rombo. Recentemente, a título de produtividade, auditores e fiscais da Receita Federal foram isentados do pagamento da contribuição ao INSS, abrindo espaço para outros servidores reivindicarem esta bonificação que custará bilhões aos cofres públicos.
Que ecoe alto e se transforme em prática o que vem dizendo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, garantindo que não haverá aumento de impostos nem neste, nem no próximo ano. Isto pressupõe que o equilíbrio das contas virá da limitação do crescimento dos gastos públicos, como preconiza a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Como brasileiro, espero que o presidente Temer não entre para a história pela página virada e inativa por nada ter feito de concreto para mudar e transformar um país de enorme potencial.
O primeiro passo deve ser a Reforma da Previdência atrelada à expectativa de vida e sem esperar as eleições municipais. Pelo contrário, é preciso aproveitar o momento para debater o assunto não somente da idade mínima, mas também de benefícios para uma minoria que penaliza diretamente os que mais contribuem.
Há clima para mudanças. Há disposição para parcerias. Há um incontável número de problemas a serem enfrentados e solucionados com coragem e perseverança. Não há outra fórmula mágica, precisamos com urgência de ações que deem governança ao país.