Um Machado é suficiente para cortar a corrupção que impera, desde sempre, na política brasileira, na esmagadora maioria dos partidos políticos e, por conseguinte, no Congresso Nacional? Não tenho a menor sombra de dúvida que a resposta, infelizmente, só pode ser negativa. É que um machado como ferramenta corta apenas o que está na superfície, a parte externa, o que aparece, não alcançando as ramificações, estas sim, que brotam novamente à superfície e acabam por florescer e dar frutos tão logo a aridez do tempo seja substituída por um clima favorável. Então nessa seara não há saída? Será, mesmo, que estamos fadados a viver sobre um solo sempre fértil ao brotamento e à fartura da corrupção? Penso que a resposta pode ser positiva, mas há um largo caminho para a supressão das raízes da corrupção, tubérculo cancerígeno que alimenta a política brasileira desde sempre.
Artigo
Rui Ferreira dos Santos: há saída?
Juiz do Trabalho em Torres, RS