Em sua primeira manifestação oficial depois de guindado ao Palácio do Planalto num cenário traumatizado pelo impeachment, o presidente interino Michel Temer aproveitou a posse do novo ministério para procurar transmitir confiança aos brasileiros. O presidente acenou com uma democracia da eficiência, baseada no diálogo, para fazer um governo de "salvação nacional", comprometido com a melhoria dos serviços públicos, com a recuperação da economia baseada na ênfase em parcerias público-privadas, com a redução do desemprego, com o enxugamento da máquina administrativa e o equilíbrio das contas governamentais, com a revisão do pacto federativo, com a manutenção dos programas sociais e com ênfase no combate à corrupção. São compromissos importantes, cujo cumprimento é essencial para evitar que o governo temporário frustre as expectativas. E, em consequência, acabe se encaminhando para o mesmo desgaste que culminou no afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Editorial