Finalmente mudanças começam a acontecer, ao menos em termos pessoais. E agora que venham mudanças estruturais, inovadoras, reformadoras e na sintonia dos anseios das multidões. O povo que foi às ruas tinha razão, as coisas andavam muito mal paradas. Era o caso da presidente Dilma, sem credibilidade, sem apoio no Congresso, sem confiança do empresariado e frustrante na elevação do desemprego. Vinha levando o país à bancarrota econômica, desprestígio internacional, rebaixamento de crédito e à degradação moral por suas promíscuas relações com empreiteiras, conforme as delações premiadas. Seu afastamento por ampla maioria de votos dos senadores, foi a expressão de uma necessidade legal, econômica e social.
Outra solução finalmente acontecida e profusamente exigida foi o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, um "delinquente", conforme definição do procurador-geral da República, o que resume tudo. Surpresa foi seu sucessor, Waldir Maranhão, um inocente-útil, levado à patacoada de querer anular, sem fundamento, a votação do prosseguimento do impeachment na Câmara.
Também o Senado deu sua contribuição interna saneadora ao cassar o mandato do senador Delcídio Amaral, ex-líder do governo, comprometido com as corrupções da Lava-Jato.
Por fim, outra medida depurativa veio da promoção da Procuradoria-Geral da República ao requerer ao Supremo Tribunal Federal investigação da trajetória de Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de atrapalhar a Operação Lava-Jato e de participação na roubalheira da Petrobras.
Convenhamos, o saldo deste mês foi altamente positivo em começos de soluções. A faxina areja o ambiente político e permite bons prenúncios, a conferir com as primeiras ações de Michel Temer, o novo presidente, que entra sob o rigoroso crivo da opinião pública. Ele precisa agir rápido. Os brasileiros não têm mais paciência com incertezas, demagogias, incoerências e enganações. Querem resultados imediatos para a retomada do desenvolvimento.