Ainda está longe de ser a solução ideal, mas é adequada a decisão do governo de chamar 178 policiais militares aprovados em concurso de 2014, para substituir igual número de PMs temporários que tiveram seus contratos encerrados no último final de semana. É tão urgente reforçar o efetivo de segurança que a população não quer saber de onde vão sair os recursos para custear as nomeações. A Brigada Militar já está trabalhando no limite do limite, e a disparada da criminalidade justifica qualquer gasto.
Agora, é importante que os comandantes da corporação apressem a preparação e o treinamento dos novos soldados, para que o anúncio feito ontem pelo governo não tenha apenas efeito simbólico. A população quer ver policiais nas ruas, os cidadãos querem ter pelo menos alguma tranquilidade para circular pelos locais de maior movimento sem o risco de serem assaltados e agredidos. É tão grande a urgência que os novos policiais devem mesmo começar a trabalhar em serviços burocráticos e operações de treinamento já nas primeiras semanas, para liberar PMs experientes para o trabalho de rua.
Cabe à corporação, também, dar transparência ao processo de preparação dos policiais, para que a população possa acompanhar e saber que não ficará muito tempo desprotegida. Só a notícia de que o efetivo aumentará em breve já ajuda a reduzir um pouco a sensação de insegurança.
É de se esperar que procedimentos semelhantes sejam adotados pelo governo para suprir carências em outras áreas essenciais, como a educação, que também depende de reposição de profissionais para prestar um serviço melhor.