
A regionalização dos dados do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite apresentada agora pela Emater traz um detalhamento desse que é um raio-X da pecuária de leite no Rio Grande do Sul. O levantamento será atualizado neste ano e, a partir de agora, trará embutidas as informações regionais. Esse detalhamento, explica Jaime Ries, assistente técnico regional da Emater, permitirá conhecer, no detalhe, a produção das diferentes regiões, o que é fundamental para a elaboração e a execução de políticas públicas:
— Essa regionalização (dos dados) deve mostrar que o impacto climático não atinge o Estado de forma homogênea, vamos conseguir enxergar com maior precisão o impacto dentro do estado. Ficará mais evidente.
No estudo mais recente, de 2023, esse detalhamento local aponta que os maiores volumes de leite cru fornecidos para as indústrias no RS estão nas regionais (considerada a divisão da Emater) de Ijuí e de Santa Rosa. O mapa gaúcho da atividade contabiliza 85% da produção vinda das regionais de Ijuí, Santa Rosa,Frederico Westphalen, Erechim, Passo Fundo, Lajeado e Caxias do Sul. Campanha, Fronteira Oeste, Pelotas, Soledade e Porto Alegre, os demais 15%.
— Não é só concentração, o modo de produzir leite e os resultados são variáveis — diz Ries, sobre as particularidades apontadas.
Ele cita por exemplo, que na regional de Bagé, há muito pouco confinamento, com os sistemas de produção mais a pasto.