Com tristeza assistimos à presidente anunciar a troca do ministro da Educação, para manter a governabilidade, nomeando um senador do seu PT.
A educação, como sempre, uma moeda de troca política para os governantes, como se não tivesse valor para os governados e para o futuro do Brasil. O povo, acomodado a tudo, assiste e não reclama, apenas algumas vozes dizem que querem educação, mas não cobram de fato.
Este é o nono ministro da Educação nos governos Lula/Dilma. Alguém acredita que vai resolver alguma coisa? Um ministério sem recursos, já cortaram mais no orçamento da Pátria Deseducadora.
Quando o ministro Janine assumiu, escrevi aqui em ZH, em 3 de abril de 2015: "Espero que tenha sucesso, como sempre desejo a todos que assumem a educação em todos os governos, pois o seu insucesso é o insucesso de nossas futuras gerações". Infelizmente, agora não posso dizer o mesmo, pois Aloizio Mercadante já foi ministro da Educação de Dilma, de 2012 a 2014, você lembra de algum ato seu que tenha resultado em evolução da educação? Que tenha feito o ensino se destacar nacional e internacionalmente?
Enquanto o povo não se conscientizar de que o poder emana dele e não souber cobrar dos governos a educação que quer, tudo vai continuar igual. No período eleitoral, falam que vão lutar e fazer pela educação, mas depois tudo esquecem e o que vale é a próxima eleição.
Onde estão os estudantes? Na minha época, saía-se às ruas contra a ditadura, fui líder estudantil, fiz passeatas, lutei, apanhei para ter uma democracia e agora temos uma ditadura democrática! Os jovens não saem mais às ruas e não lutam por seu futuro, seus pais omissos não os estimulam, não saem juntos para cobrar a educação.
O futuro da juventude está comprometido, as entidades estudantis dominadas pelo poder, mas existe uma esperança, não com o novo ministro, mas com as palavras do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude: "Eu peço a vocês que sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem".
Pais e filhos: lutem por seu futuro, não sejam omissos.