Mergulhado em uma profunda crise financeira, o governo Dilma Rousseff não ajuda nem os aliados, então, como socorreria o Piratini? É claro que o secretário da Fazenda, Giovani Feltes (PMDB), tem razão de reclamar dos repasses da Lei Kandir e dos juros absurdos nas parcelas da dívida. Embora tenha a promessa da renegociação do débito a partir de fevereiro, ninguém coloca a mão no fogo pelo cumprimento do acordo.
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) jamais acenou com qualquer tratamento especial ao Estado, mesmo porque há uma lista de governadores e prefeitos com o chapéu na mão em frente à Fazenda. Para assessores do Planalto, o governo Sartori quer é dividir a crise.
Na Esplanada, a cobrança do Piratini foi considerada um erro estratégico que pode atrapalhar ainda mais a interlocução com o Planalto.