As elites do poder, que formam a trilogia Legislativo, Executivo e Judiciário, herdeiras das elites lusitanas do Brasil Colônia, construíram um sistema feudal, desde a proclamação da República, em que a sociedade está a serviço dele. A influência perversa exercida sobre a sociedade por esse mandonismo político cria a sensação de que o regime democrático é apenas uma mera formalidade, desfrutada, usada e mantida pela classe política que domina o poder da nação. Não existe qualquer sentimento de interesse coletivo no comando das elites brasileiras. Não as move qualquer idealismo republicano.
Elas, que têm o Congresso Nacional e têm o poder e o dever de fazer as reformas de que o Brasil necessita para se modernizar e crescer, não o fazem, pois isso colocaria em perigo os seus privilégios. As elites políticas são responsáveis pelo lamaçal de corrupção que se instalou no Brasil na mais virulenta contaminação. Soa, enfim, a hora em que o império da lei muda o centro da gravitação da política brasileira. Os bandeirantes e paladinos da ética, da democracia e da Justiça: o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa, o juiz Sérgio Moro em Curitiba e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot M. de Barros, por força de suas vertentes naturais, criaram um novo paradigma na política brasileira, colocando atrás das grades todos os corruptos sem distinção
Isto nunca havia acontecido no Brasil. Portanto, o Brasil está mudando. Já brilha a verdade, resplandece a Justiça e se fortalece a democracia, rompendo o denso nevoeiro das conveniências, da corrupção e das mistificações que assolam a realidade nacional.