Embora sejam adversários do aumento do ICMS, que deverá ser votado nesta terça-feira na Assembleia Legislativa, os presidentes de duas grandes entidades empresariais do Estado não estarão fazendo pressão pessoal contra o projeto. O presidente da Fiergs, Heitor Müller, está em um encontro empresarial entre Brasil e Alemanha em Joinville. O da Federasul, Ricardo Russowsky, terá uma reunião privada de conselho à qual não pode faltar.
Quem confirmou presença no corpo a corpo com os deputados foram os presidentes da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn, e da Federação das Câmaras de Diretores Lojistas (FCDL), Vitor Koch. Um dos planos das entidades é disputar espaço, na Praça da Matriz, com as representações dos servidores que instalaram barracas no local há cerca de duas semanas.
- Sou amigo do Sartori, mas não vou me omitir - disse Koch.
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A FCDL vai trazer dirigentes das CDLs do interior do Estado, mas ainda não sabe se e quantos poderão acompanhar a votação nas galerias. Koch argumenta que as micro e pequenas empresas representadas pela entidade serão as mais atingidas pelo tarifaço.
- Sei que está difícil, mas não vou desistir - afirmou Bohn, que espera contar com entre 15 e 20 senhas nas galerias para representantes da Fecomércio da Capital e também do Interior.
Os dois afirmam que a orientação é marcar presença sem confusão. Além de ponderar que a elevação da alíquota atrapalha os negócios já difíceis por conta da crise, os empresários advertem que o reforço esperado pelo governo, de R$ 2,5 bilhões na arrecadação, pode não ser alcançado, porque o aumento será repassado aos preços e o custo maior reduzirá as compras dos consumidores.