Ciência, impacto social, diversidade, moda, igualdade de gênero, inclusão, maternidade. Os temas são muitos, mas as histórias das oito mulheres se repetem: todas foram além do desejo de viver em um mundo melhor e decidiram que cabia a elas mesmas tomar uma atitude. E o que cada uma fez mudou a realidade à sua volta (ou pelo país afora).
Na quarta edição do Prêmio Donna Mulheres que Inspiram, temos a alegria de divulgar as oito finalistas deste ano, selecionadas entre centenas de indicações de profissionais e especialistas de diferentes áreas de atuação, de leitores e também de jornalistas e colaboradores do Grupo RBS.
Leia e inspire-se no exemplo de Pâmela Carpes, uma das finalistas desta edição. As vencedoras serão anunciadas na última edição da revista deste mês.
Pâmela Carpes
Pâmela Billig Mello Carpes, 35 anos, apaixonou-se pela iniciação científica durante a graduação em Fisioterapia. Encarar o mestrado e o doutorado para se tornar uma cientista virou meta, mesmo que, ao puxar da memória, a figura masculina fosse a predominante (senão a única) nos laboratórios de pesquisa, conta:
– Na minha área, as Ciências Biológicas, temos um bom percentual de mulheres, mas na área das exatas ainda tem uma discrepância muito grande. E quando analisamos os cientistas reconhecidos, no topo de carreira, a gente percebe uma desigualdade muito grande em todos os campos. É assustador.
E Pâmela não só chegou lá como se tornou uma referência: professora da Unipampa, foi reconhecida com o Prêmio Para Mulheres na Ciência, da L'Oréal Brasil, em 2017, e participou de um projeto global na Unesco no ano passado. Para além dos troféus, a pesquisadora ainda faz questão de levar o ensino científico para as escolas. Desde 2012, mantém o projeto PopNeuro em Uruguaiana, focado na popularização de conceitos da neurociência em sala de aula de forma criativa e divertida. Pâmela também integra o grupo Cientistas do Pampa há dois anos, mobilização de mulheres engajadas em divulgar e discutir a participação feminina no meio acadêmico.
– Queremos mostrar que há mulheres fazendo ciência. Levantei uma bandeira dentro da comunidade científica. Precisamos encarar a questão de gênero na academia para pensar em mudanças.