Entre os postos pesquisados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a gasolina mais cara do Rio Grande do Sul fica em Bagé, na região da Campanha. O último levantamento apontou o litro da gasolina a R$ 4,49. Na sequência, a gasolina mais cara é encontrada nos municípios da Fronteira, como em Alegrete a R$ 4,25, Santana do Livramento a R$ 4,24 e Uruguaiana a 4,21.
A Serra aparece logo em seguida na lista dos preços mais altos. É possível encontrar a gasolina mais cara em Gramado. O preço médio do litro chega a R$ 4,18. O combustível aumentou R$ 0,31 em uma semana, o equivalente a 8%. A variação de preço também é muito restrita em Gramado, de R$ 4,15 a R$ 4,19.
Chama atenção também o preço médio do combustível em Rio Grande a R$ 4,17. Tiarajú de Freitas, professor de economia da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), que faz pesquisas sobre combustíveis, destaca que a distância em relação à refinaria e o menor número de postos e volume de vendas explicam os preços mais altos, principalmente na Fronteira.
No caso da Serra, ele destaca que a posição geográfica também impacta no preço do transporte. Ele cita, no caso de Gramado, que muitos turistas do Estado abastecem antes ou depois do destino. Já para explicar o preço da gasolina na zona Sul do Estado, Tiarajú aponta que Rio Grande, embora tenha refinaria, apresenta um preço mais alto por conta da demanda menor.
Com esta lógica, a gasolina mais barata, segundo o levantamento da ANP, fica nos municípios da região metropolitana. As cidades de São Leopoldo e Sapiranga tiveram a média mais baixa de R$ 3,75 por litro, seguidas de Sapucaia do Sul com R$ 3,78.
O levantamento da ANP foi divulgado uma semana após aumento dos tributos PIS/Cofins que incidem sobre os combustíveis e o reajuste de preços pela Petrobras nas refinarias.