O Gaúcha Sports Bar lotou na última terça-feira para ouvir Paulo Roberto Falcão. O eterno ídolo colorado contou muitas histórias de sua vida, dentro do campo, nas cabines de imprensa ou nas casamatas. Não escondeu a indignação com o tratamento dispensado pelos dirigentes em sua última passagem pelo Internacional
- Tive apenas 12 horas de tempo líquido para treinamentos táticos e cinco jogos. Eu na verdade não treinei o Inter - lamentou.
Entre as opiniões pessoais e conceituais de futebol, reafirmou que admira demais Pep Guardiola pelo espírito de inovação que ele procura, mas que o melhor técnico do mundo para ele é o velho amigo e parceiro de Roma Carlo Ancelotti.
Nas recordações de atleta está uma expulsão em que prejudicou o Inter e que foi duramente criticada pelo preparador físico Reynaldo Salomão que se tornou um de seus grandes amigos. Falcão não podia deixar de falar das Copas do Mundo. Primeiro sobe a que ele foi injustiçado e não jogou em 1978:
- Eu vi o jogo contra a Argentina e fiquei pensando que era uma partida para minha característica - recorda. Depois foi a vez de buscar as lembranças de 1982 e lembrar que ganhou a Bola de Prata, mesmo com o Brasil não indo para as semifinais.
- O time tinha uma qualidade técnica espetacular e ninguém dava mais de dois toques na bola pois levava xingado se isto acontecesse.
Falando de muitos jogadores do passado e do presente, lembra das qualidades de brasileiros que jogaram na Roma depois dele como Cafu, seu grande amigo, e do atual técnico do Inter, Antônio Carlos Zago. No Internacional, depois de suas últimas passagens, exalta D'Alessandro como alguém que já está entre os maiores jogadores do clube em todos os tempos.
Um grande papo com uma das maiores personalidades do futebol brasileiro nos últimos 50 anos , com direito a homenagem dos fãs é o prato principal deste "Cardápio do Zé" do mês de abril.
Confira o áudio na íntegra.