Um dia depois de determinar a abertura do presídio feminino de Lajeado, que deve começar a funcionar na próxima segunda-feira, a Justiça corre atrás para resolver as deficiências estruturais do prédio. Conforme o diretor do Foro da Comarca da cidade, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, os quatro principais pontos que atrasavam a abertura da casa prisional já estão resolvidos ou encaminhados.
O primeiro deles era a falta de extintores de incêndios no local, que foi resolvido, conforme o magistrado, pela Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (ALSEPRO). Por meio da organização da comunidade, 12 equipamentos foram comprados e devem ser instalados no local na tarde desta quinta-feira.
Outro ponto que impedia a abertura do presídio era o Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI). O pedido de um alvará provisório foi feito ainda na quarta-feira pela superintendente da Susepe, Anne Stock, e, conforme o juiz, será expedido até o final da tarde desta quinta-feira.
O terceiro diz respeito ao sistema de gás da penitenciária, que deve ser colocado do lado de fora da cozinha do estabelecimento.
"O mais demorado será a instalação do gás, mas isso iremos resolver até a sexta-feira, pois já temos tudo organizado. Na segunda a Susepe já fará a transferência das apenadas para a nova casa prisional", garantiu Johnson.
Em relação à falta de internet e sistema de informática para trabalho dos agentes no local, a Susepe garantiu que a conexão será concluída na próxima segunda-feira.
Até a manhã da última quarta-feira, Eugênio Eliseu Ferreira respondia pela delegacia penitenciária da região de Lajeado. Ele admitiu que somente após a entrega da obra, no final de novembro, a Susepe se deu conta de que faltavam essas instalações, justificando o atraso. Ainda durante a tarde de ontem ele foi afastado do cargo.