O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, mantém um duro discurso sobre a renegociação da dívida dos Estados com a União. Questionado nesta sexta-feira (30) sobre o programa de recuperação fiscal, o líder da equipe econômica do presidente Michel Temer disse que está preocupado em atender aos pedidos dos governadores, mas não quer transferir o problema financeiro para a União.
“Nós estamos, como todos, muito preocupados com a situação emergencial dos estados, mas é importante não transferirmos implicitamente o problema da dívida dos estados para a União. A União não criou o problema dos estados”, afirmou Meirelles.
Vetada pelo presidente Temer, a suspensão da cobrança da dívida por três anos dos estados em crise deverá ser apresentada novamente ao Congresso. O texto, que poderia beneficiar o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, tratará exclusivamente deste socorro financeiro e exigirá contrapartidas dos governadores. Uma nova proposta será enviada porque, na votação do projeto original, a Câmara retirou a exigência de medidas de austeridade fiscal.
Meirelles evitou estipular um prazo para a ajuda federal. Ele também reiterou o discurso da Secretaria do Tesouro Nacional, de que não existe um instrumento jurídico que permita o prolongamento da suspensão da dívida antes da aprovação de um projeto de lei.
“Temos que fazer o trabalho bem-feito, e o mais rápido possível será anunciado”, prometeu o ministro.