Assessor especial e amigo do presidente Michel Temer, José Yunes pediu demissão nesta quarta-feira (14), após ser acusado por um delator da Odebrecht de receber propina da empreiteira. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A carta de demissão foi entregue hoje a Temer. No documento, Yunes - que recebia um salário mensal bruto de R$ 14.742,78 - afirmou que o pedido é em caráter irrevogável.
"Nos últimos dias, senhor presidente, vi meu nome jogado no lamaçal de uma abjeta delação, feita por uma pessoa que não conheço, com quem nunca travei o mínimo relacionamento e cuja existência passei a tomar conhecimento nos meios de comunicação, baseada em sua fantasiosa alegação, pela qual teria eu recebido parcela de recursos financeiros em espécie de uma doação destinada ao PMDB. Repilo com a força de minha indignação essa ignominiosa versão", disse Yunes na carta enviada ao presidente.
O nome do agora ex-assessor da Presidência aparece no acordo de delação do ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Segundo o delator, parte dos R$ 10 milhões repassados ao PMDB para a campanha de 2014 foi entregue no escritório de Yunes em São Paulo.