O produtor de tabaco da Região Sul tem uma renda mensal média R$ 6.608, 70, e a renda per capita é de R$ 1.926,73. O valor é superior à renda per capita brasileira de R$ 1.113,00, conforme dados do IBGE, de 2015. Os dados constam em pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), realizada entre 29 de agosto até 16 de setembro e encomendada pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).O objetivo da iniciativa era apresentar a realidade dos produtores.
O estudo mostrou que 90% dos produtores desenvolve essa cultura por ter garantia de venda, devido à rentabilidade e por receber orientação técnica. Segundo o coordenador-geral da UFRGS, Prof. Luiz Antonio Slongo,mais da metade dos entrevistados desenvolvem, além desta cultura, outras atividades agrícolas. "A produção é uma questão econômica, quanto mais diversidade, mais segurança para os produtores e municípios", diz o vice-presidente da Afubra - Associação dos Fumicultores, Marco Antônio Dornelles. Em Santa Catarina e Paraná, além do tabaco, os agricultores criam suínos e aves e têm condições melhores de infraestrutura. O resultado desta matemática é simples, quanto mais infraestrutura e diversidade, maior a renda gerada. como e essa decisão colabora para a elevação do valor recebido mensalmente por família.
Outra informação que vai na contramão do cenário nacional é que 73,3% dos produtores tem um sucessor na família. "O jovem para permanecer no campo tem que ter mais condições de acesso, de infraestrutura e o governo deve melhorar condições", destaca Iro Schünke, presidente do SindiTabaco. Schünke ressalta ainda que com o rendimento e a qualidade sócio-econômica de quem investe em tabaco vai ser difícil convencer as pessoas a mudarem de cultura.
Ao dividir por Estado, o Rio Grande do Sul apresenta os piores índices da Região Sul. A população considerada para o estudo é composta por 91.330 produtores de tabaco da Região Sul e a amostra considerou total de 1.145. As propriedades analisadas têm, em média, 18 hectares.