A prefeitura de Montenegro decretou situação de emergência em razão dos alagamentos provocados pela cheia do rio Caí. Os documentos foram encaminhados na tarde desta quarta-feira (19) para análise da Defesa Civil Estadual.
O Executivo estima que 30% das vias estejam alagadas na cidade. Mais de 90 pessoas foram levadas para abrigos municipais e 180 foram para casas de parentes e amigos.
Na tarde de hoje, o nível do rio começou a baixar. Por volta das 14h, o rio marcava 6,2 metros, dez centímetros a menos do que o registrado pela manhã.
Cinco escolas da cidade e dois postos de saúde foram fechados em razão dos estragos. Cerca de 350 alunos estão sem aulas nesta quarta.
Mais de 2,2 mil clientes estão sem energia elétrica segundo a AES Sul. Cerca de 1,4 mil ficam em áreas alagadas e estão desligados por segurança.
Doações aos atingidos podem ser entregues na secretaria de Habitação e Desenvolvimento Social (Rua Coronel Apolinário de Moraes,1705). O telefone para contato é (51) 3632-3715.
São Sebastião do Caí
Os alagamentos em São Sebastião do Caí deixam cerca de três mil alunos sem aulas. No município, o nível do rio começou a baixar, mas os moradores só devem começar a voltar pra casa a partir de sexta-feira (21). Diversas ruas da cidade seguem alagadas e o acesso só é possível de barco.
Mais de 200 pessoas seguem em um abrigo municipal e outras 1,7 mil foram para casa de parentes e amigos. A energia elétrica foi restabelecida na maioria dos locais no início da tarde. Até o final do dia o abastecimento de água também deve ser normalizado.
Das 12 escolas municipais, 11 estão fechadas e 9 creches também não estão abertas em razão dos estragos. Cerca de 3 mil alunos estão sem aulas. O posto de saúde do Centro e do bairro Navegantes seguem sem funcionar nesta quarta.
A prefeitura já decretou situação de emergência e aguarda a homologação por parte da Defesa Civil Estadual.
O morador do bairro Navegantes Marco Aurélio Horn segue com o primeiro piso da casa tomado pela água. Os netos dele foram para o abrigo, mas ele não quis sair. No ano passado, ele construiu o segundo andar da casa para evitar novos alagamentos, mas o local também foi atingido. Para chegar até residência, ele utiliza um barco.
"Colchão, guarda-roupas, tudo que foi colocado para o andar de cima a gente perdeu. A água subiu muito dessa vez", lamenta.