O corpo de Plinio Zalewski foi sepultado pouco depois das 14h30 desta terça-feira (18) no Cemitério João XXIII, em Porto Alegre. O cortejo saiu da capela 9 e foi acompanhado da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul até o 4º andar do local. A música escolhida foi Felicidade, do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues. O último adeus foi seguido por uma salva de palmas. Centenas de pessoas, entre amigos, familiares e correligionários, acompanharam o momento.
Durante todo o dia, políticos que trabalharam com Plínio foram até o velório. O candidato à prefeitura da Capital Sebastião Melo esteve no local em dois momentos. Durante a manhã, chegou a falar com a imprensa, lembrou a trajetória do coordenador de seu plano de governo e citou a campanha.
"Por todas as razões, mas também pela memória do Plínio, eu quero convocar toda a nossa militância pela paz, pela verdade, pela correção da política", disse o candidato.
O prefeito José Fortunati, que era filiado ao PT na mesma época que Plínio, lembrou as diferenças que ambos tinham por estarem em correntes partidárias diferentes à época. No entanto, elogiou a trajetória do político.
“Ele adorava defender as ideias bom paixão. Era defensor da boa política. Debatia sem ser agressivo”, destacou o prefeito.
O ex-senador e ex-governador Pedro Simon também esteve no local. Para ele, foi uma surpresa o que aconteceu com Plínio, considerado um bom colega de partido.
“Vamos aguardar para ver o que aconteceu, aguardar a investigação”, relatou Simon.
O corpo de Plinio Zaleswki foi encontrado na sede do PMDB da Capital, na Avenida João Pessoa. Ele estava dentro de um banheiro, trancado por dentro, ao lado de uma faca e de um bilhete. Apresentava ferimentos no pescoço. A mensagem no papel seria de despedida, de acordo com a Polícia Civil. O político teria demonstrado indignação com a política e disse estar se sentindo pressionado.
Ele deixa a esposa, Luciana Pujol, e três filhas.