A desembargadora Maria de Lourdes Galvão Braccini de Gonzalez, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS), concedeu liminar em habeas corpus ao jornalista preso em 13 de setembro acusado de participar de um esquema que prometia fraudar urnas eletrônicas. Ele deixou a carceragem da Polícia Federal na noite de terça-feira (20).
A ação foi movida pelos advogados Alberto Ruttke e Fabiane Cavalcanti. Durante a operação batizada como Clístenes, outras duas pessoas foram presas em Brasília.
Segundo as investigações, o jornalista - que é morador de Xangri-lá - seria o elo entre os supostos fraudadores, que vivem em Brasília, e os interessados em alterar o resultado da eleição.
A PF segue investigando um candidato a prefeito de um município da Região Metropolitana de Porto Alegre, que teria demonstrado interesse no esquema. Um parlamentar gaúcho com foro privilegiado é citado na ação.
O grupo cobraria até R$ 5 milhões para, supostamente, fraudar a eleição para prefeito e até R$ 600 mil para mudar votos para vereador. No decorrer das investigações, entretanto, os investigadores começaram a encontrar uma série de indícios de que se tratava de promessa que não poderia ser cumprida.