As emissoras de rádio, TV e os jornais norte-americanos estão dando grande destaque à notícia de que a Polícia Federal (PF) do Brasil prendeu nesta quinta-feira (21) um grupo suspeito de planejar um ataque terrorista durante os Jogos Olímpico do Rio de Janeiro, que começam em duas semanas.
Em manchete na página da internet, o Wall Street Journal informou que "polícia do Brasil prende dez suspeitos de planejar ataque e dois estão sendo procurados."
Com destaque em sua página na internet, a agência de notícias Reuters disse que "o grupo é suspeito de pertencer ao Estado Islâmico e que seus integrantes são todos cidadãos brasileiros", que fizeram contato pela internet e trocaram por WhatsApp e Telegram. A Reuters divulgou uma declaração do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que o grupo estava " planejando adquirir armas para cometer crimes no Brasil e até no exterior".
De acordo com o Los Angeles Times, o grupo descoberto estava montando uma "trama ligada ao Estado Islâmico. Já a rede de televisão CBS informou que as autoridades brasileiras afirmaram que as 12 pessoas pessoas suspeitas de planejar ataques terroristas queriam usar "armas e táticas de guerrilhas".
Citando declarações do ministro Alexandre de Moraes, o The Washington Post publicou que apenas quatro dos suspeitos se conheciam pessoalmente, embora tenham declarado lealdade ao Estado Islâmico e discutido a prática de tiro e artes marciais, conforme esclareceu o ministro da Justiça. Segundo o jornal, Moraes afirmou que um dos suspeitos iniciou as negociações poremail para comprar um rifle de assalto AK-47 na internet.
O jornal norte-americano informou ainda que armas pequenas são facilmente encontradas no Paraguai, país que tem fronteira com o Brasil. A publicação acrescentou que Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tem se preocupado com a facilidade com que um terrorista, do estilo "lobo solitário", ou seja, pessoa sem vínculo com organizações internacionais, pode comprar armas no Paraguai e levá-las para o Brasil.
Para o jornal, o tráfego entre as cidades fronteiriças Ciudad del Este (Paraguai) e Foz de Iguaçu (Brasil), funciona muitas vezes sem fiscalização. Acrescentou que, com frequência, os veículos não são sequer parados, o que contribui para o aumento do contrabando de armas.