A Justiça Federal do Paraná divulgou nesta quinta-feira (17) novos áudios das interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feitas pela Polícia Federal. As gravações tratam principalmente da investigação sobre o sítio de Atibaia (SP).
Ontem, o juiz Sérgio Moro retirou o sigilo das interceptações. Entre as conversas gravadas está um diálogo de Lula com a presidente Dilma Rousseff.
Os áudios liberados hoje são dos telefones do filho de Lula Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, e da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Em uma das conversas, a esposa de Lula comenta com o filho sobre os panelaços realizados em protesto contra o governo federal e o PT. Segundo Marisa Letícia, os manifestantes “deveriam enfiar as panelas no c...”.
Em outras conversas, Lula e o filho Lulinha falam sobre o sítio de Atibaia. O imóvel teria sido reformado por duas empreiteiras, a OAS e a Odebrecht, investigadas pela Operação Lava Jato.
Em um dos áudios, Lula conversa com um de seus funcionários sobre a ida dele ao sítio, frequentado por sua família.
Também foi divulgada uma ligação em que o senador Jorge Viana (PT-AC) reclama que o discurso do ex-presidente estava brando demais. Ele sugere ao advogado Roberto Teixeira que Lula seja mais enfático e "coloque a família na jogada".
Outros grampos mostram tratativas para regularizar imóvel do Instituto Lula, mas não é possível encontrar vínculos dos pagamentos efetuados pela construtora. No primeiro áudio, ocorrido no dia 29 de fevereiro, Okamotto fala com um homem identificado como Dr. Sérgio e questiona se ele conhece alguém ou se pode colocar em dia a documentação na subprefeitura de São Paulo. Em outra ligação, ocorrida no dia primeiro desse mês, Paulo Ricardo Giaquinto pergunta para Okamotto se alguém esteve na subprefeitura para tratar sobre o tema. Paulo diz que foi Sérgio.