O Ministério Público (MP) confirma que, a exemplo da Cooperativa Piá, também foi encontrado álcool etílico em leite da cooperativa Santa Clara. O promotor de Defesa do Consumidor, Alcindo Bastos, afirmou na manhã desta terça-feira (5) que recebeu ofício sobre irregularidades nas duas indústrias. No caso da Santa Clara, envolve leite pasteurizado que é fabricado para ser consumido em até seis dias, em média. "É o chamado leite de saquinho", disse Bastos.
Segundo ele, não foi feito recolhimento pelo fato do leite já ter sido consumido. Como está em viagem pelo interior do estado, ele disse que não tinha como confirmar a data de fabricação e do lote, apenas que as amostras que detectaram o problema são do dia 24 de junho. No entanto, fez questão de deixar claro que o produto já foi consumido e que vai apurar a responsabilidade da Santa Clara, bem como se houve fraude. O leite foi industrializado no posto de resfriamento em Veranópolis, na Serra.
Na próxima sexta-feira, Bastos marcou audiência com as duas indústrias, 14h30 com a Piá e 15h30 com a Santa Clara.
Em nota, a Santa Clara disse que está questionando os testes do Ministério da Agricultura e que abriu um processo administrativo para pedir esclarecimentos ao órgão. A posição da empresa pode ser conferida no blog Acerto de Contas.