Os restos mortais de Eduardo Campos e de outras três vítimas do acidente áereo em Santos, na quarta-feira, chegaram à base aérea do Recife (PE) por volta das 23h deste sábado (16), de onde seguem até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado. O velório começou por volta de 2h30, após o caixão desembarcar do caminhão de bombeiros. Enquanto o caixão descia do veículo, uma multidão cantou o hino do Brasil.
Desde as primeiras horas da manhã deste domingo (17), populares depositam flores e mensagens em homenagem ao governador de Pernambuco e candidato à presidência da República, morto aos 49 anos em um acidente aéreo em Santos que também deixou outros seis mortos. Os corpos do assessor de imprensa Carlos Augusto Percol e do fotógrafo Alexandre Severo serão velados na sede do governo de Pernambuco. O velório do cinegrafista Marcelo Lyra ocorrerá em outro local.
A cerimônia da noite de sábado - que seria incialmente reservada a familiares, autoridades e amigos -foi aberta ao público em geral. Além do velório, uma missa será celebrada na manhã de hoje na Praça da República, e o enterro está marcado para as 17h, no cemitério de Santo Amaro, próximo ao centro do Recife. Cem mil pessoas devem acompanhar o funeral.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã no dia 13 de agosto, em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.