A alça de acesso da Rodovia do Parque (BR-448) para a Freeway se apresenta como o ponto mais perigoso da rodovia inaugurada em dezembro do último ano. No trecho, três pessoas morreram em acidentes nos últimos dois meses. Além de uma curva acentuada, há falhas na iluminação do local devido ao furto de fios.
O último acidente com morte ocorreu na tarde de quinta-feira (10). Um motociclista bateu na mureta de contenção da rodovia após perder o controle da moto. Ele caiu de uma altura de cerca de 15 metros e morreu no local. Jorge Conceição Rodrigues tinha 57 anos.
No dia 23 de março, um caso idêntico matou Michel Jost Ferreira, 24 anos. Ele caiu dentro do pátio de uma empresa de concreto. Já em 6 de fevereiro, Tomas Vargas Mossmann, 31 anos, teve um problema mecânico na caminhonete que dirigia e desceu do veículo. Ele foi atropelado por outro carro e também foi lançado da elevada. Esse acidente ocorreu durante a noite, em um trecho que sofre sucessivos furtos de cabos de energia, que deixa o local às escuras.
Um outro caso chamou a atenção no dia 16 de janeiro. Um caminhão com placas do Uruguai carregado de erva-mate tombou e causou muitos transtornos ao trânsito até sua remoção. O condutor não se feriu.
Trecho perigoso
O motorista que chega ao final da Rodovia do Parque, após a ponte estaiada, e segue em direção ao centro de Porto Alegre, passa pela alça de acesso de cerca de 15 metros de altura. Para isso, ele deve reduzir de 100 km/h, velocidade máxima na via, para 50 km/h devido a uma curva perigosa. Placas no local indicam o risco e orientam a redução. No entanto, é comum ver condutores freando bruscamente no trecho.
Outro problema recorrente na BR-448 é o furto de fios. Desde a inauguração, a rodovia apresenta diversos trechos sem iluminação. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) alega que, como não houve a entrega oficial da estrada para o poder público, são as empreiteiras as responsáveis pela manutenção. O órgão ainda relata que houve diversas reinstalações, inclusive com reforço nos pontos de ligação, mas ainda assim o crime é cometido.
Futuramente, há a expectativa que as cidades de Porto Alegre, Canoas, Esteio e Sapucaia do Sul assumam a responsabilidade pela iluminação. Há discussões para a instalação de câmeras de monitoramento, assim como na BR-116.