O parlamento russo aprovou, nesta quarta-feira (18), decreto que concede anistia aos 30 ativistas do Greenpeace presos depois de invadir uma plataforma de petróleo no Ártico. Entre eles está a bióloga gaúcha Ana Paula Maciel. Com essa medida, a investigação dos envolvidos no caso deverá ser encerrada. O grupo, no entanto, não poderá deixar o país até que o governo russo conceda visto de saída.
Entenda o caso
A ativista gaúcha Ana Paula Maciel e outras 29 pessoas foram presas no dia 19 de setembro após a embarcação onde estavam, pertencente ao Greenpeace, ser interceptada pela Guarda Costeira russa em um mar ao norte do país. O grupo havia realizado, no dia anterior, um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico e passou a ser investigado por suspeita de pirataria.
No final de outubro, a Justiça russa rebaixou para vandalismo a acusação contra os tripulantes do navio. Além de Ana Paula, são investigados quatro russos e 25 estrangeiros, dos Estados Unidos, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Finlândia, Suécia e França.
No dia 19 de novembro, Ana Paula ganhou liberdade provisória mediante o pagamento de fiança - equivalente a R$ 141 mil, paga pelo Greenpeace. Ela deixou a prisão de São Petersburgo um dia depois. Os demais ativistas também foram libertados. Eles devem responder à acusação de vandalismo, pela qual podem ser condenados a sete anos de prisão.