Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que 65% das indústrias brasileiras sofrem com a falta de trabalhadores qualificados. No Rio Grande do Sul, a Celulose Riograndense realizou mutirões em dois meses para contratar pessoas para construir o novo parque da indústria. Conforme o diretor-presidente, Walter Lídio Nunes, a empresa pretende formar 6 mil profissionais até a metade do ano que vem.
"Entre formados e em formação há cerca de 4 mil pessoas. O objetivo é atingir 6 mil pessoas até a metade do ano que vem. O programa está atingindo as metas traçadas".
Carência da educação básica
De acordo com a pesquisa da CNI, 81% das empresas tentam qualificar os trabalhadores no próprio ambiente de trabalho, mas 49% dizem enfrentar problemas por conta da "baixa qualidade da educação básica".
Segundo o diretor-presidente da Celulose Riograndense, na primeira etapa do curso de formação, não se percebem dificuldades devido ao baixo nível da educação básica. Walter Lídio Nunes acredita, no entanto, que em uma próxima etapa da qualificação, quando o curso for mais especializado, a carência da formação básica poderá aparecer.
"Na evolução, na especialização, essa carência do ensino básico certamente vai ser sentida. No momento, pra se ter uma primeira profissão está se conseguindo compensar essa dificuldade. Numa especialização futura isso vai aparecer".
Retenção de profissionais
Conforme o diretor-presidente da Celulose Riograndense, além da remuneração atrativa, a empresa procura garantir um bom ambiente de trabalho para manter os profissionais.
"Temos uma política de remuneração e benefícios para manter os nossos empregados, porque custa formá-los. Administramos bem o ambiente interno, com pesquisas de clima e ações pra manter o bom clima e manter nossos funcionários".
Realidade dos pequenos
O pequeno empresário Jeferson Chagas, dono de uma mecânica que tem seis funcionários, relata que teria demanda para contratar o dobro se encontrasse pessoal qualificado.
"Poderia atender 35 a 40 carros por semana, mas estou fazendo 15, 20 carros por semana".
Ele explica que não tem como treinar o pessoal.
Gaúcha
Curso de formação é alternativa para garantir preenchimento de vagas na indústria
Celulose Riograndense vai formar 6 mil pessoas até a metade de 2014
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