A Ucrânia precisa de uma contribuição "séria" da Europa com tropas "prontas para o combate", não forças de paz, depois do fim das hostilidades com a Rússia, afirmou à AFP, nesta quarta-feira (26), um assessor do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
"Não precisamos de uma mera presença para demonstrar que a Europa está presente", indicou Igor Zhovkva, um dos negociadores ucranianos.
"Não é a quantidade o que importa (...), mas sim também sua disposição para combater, sua disposição para defender, sua disposição para estarem equipados e sua disposição para entender que a Ucrânia faz parte da segurança europeia. Não precisamos de missões de manutenção da paz", acrescentou.
"Todos os soldados devem estar preparados para participarem de combates reais. Isso é o que os ucranianos vêm fazendo há três anos, ou até mais. Se você é soldado, está preparado para participar de combates", disse o negociador de 45 anos que participou de duas rodadas de conversações com os Estados Unidos na Arábia Saudita.
Zhovkva falou com a AFP em Paris antes de uma cúpula prevista para quinta-feira, na qual participarão mais de 20 países da União Europeia e da órbita da Otan, que busca dar "garantias de segurança" a Kiev no marco de um eventual futuro acordo de paz com a Rússia que o presidente americano, Donald Trump, tenta conseguir.
* AFP