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Rubio: EUA cancelou vistos de mais de 300 'lunáticos' por protestos contra Israel

AFP

O chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, informou, nesta quinta-feira (27), que cancelou os vistos de mais de 300 manifestantes, aos quais chamou de "lunáticos", em uma ofensiva contra o ativismo anti-israelense nos campi universitários americanos.

Consultado durante uma visita à Guiana sobre informações de cancelamento de vistos, Rubio respondeu: "são talvez mais de 300 neste momento. Nós o fazemos diariamente, cada vez que encontro um desses lunáticos".

"Espero que em algum momento acabem porque nos livramos de um monte deles", prosseguiu.

Desde que o presidente Donald Trump voltou à Casa Branca, em 20 de janeiro, Rubio tem tomado medidas agressivas contra estudantes que lideram protestos contra Israel nos campi por causa da guerra em Gaza.

O caso de maior repercussão foi o de Mahmud Khalil, líder dos protestos na Universidade de Columbia, em Nova York, preso e trasladado para a Louisiana para dar início a seu processo de deportação, apesar de ele ser residente permanente nos Estados Unidos.

Rubio foi perguntado sobre um novo caso na Universidade Tufts, em Massachusetts, onde agentes de imigração detiveram a estudante de doutorado turca Rumeysa Ozturk, que escreveu um artigo de opinião em um jornal universitário exigindo que a instituição admitisse um "genocídio" contra os palestinos.

"Se nos diz que a razão pela qual vem ao Estados Unidos não é só porque quer escrever artigos de opinião, mas porque quer participar de movimentos que se dedicam a vandalizar universidades, assediar estudantes, ocupar edifícios e criar alvoroço, não lhe daremos um visto", disse o secretário de Estado americano, evitando se referir diretamente a Ozturk.

"Se mente, consegue um visto e depois entra nos Estados Unidos e com esse visto participa deste tipo de atividade, vamos tirar seu visto", sentenciou.

A congressista democrata Ayanna Pressley, membro da Câmara de Representantes por Massachusetts, acusou o governo Trump de "sequestrar estudantes com status legal".

"Esta é uma violação terrível dos direitos constitucionais de Rumeysa ao devido processo e à liberdade de expressão. Deve ser liberada de imediato", disse Pressley em um comunicado.

O governo Trump afirma que a proteção constitucional americana à liberdade de expressão não se aplica a cidadãos estrangeiros e acusa estudantes ativistas de criarem um ambiente perigoso para os estudantes judeus.

* AFP

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