Ativistas do grupo ambientalista Just Stop Oil vandalizaram nesta segunda-feira (13) o túmulo do famoso naturalista Charles Darwin na Abadia de Westminster, em Londres, para denunciar a omissão política ao aquecimento global.
Em um vídeo postado pelo grupo no X, duas ativistas picham com spray laranja "1,5 está morto", uma referência ao limite de 1,5°C para o aumento da temperatura global estabelecido pelo acordo climático internacional de Paris.
O observatório europeu Copernicus informou na sexta-feira que 2024 será o ano mais quente já registrado e o primeiro a ultrapassar o limite de aquecimento de 1,5°C em relação ao período pré-industrial.
A ação busca exigir "que o governo do Reino Unido trabalhe com outros (países) para acabar com a extração e o uso de combustíveis fósseis até 2030", disse a Just Stop Oil em um comunicado.
"Darwin estaria se revirando no túmulo se soubesse que estamos no meio de uma sexta extinção em massa", disse uma das manifestantes, Alyson Lee, de 66 anos, no vídeo postado pelo grupo, conhecido por suas ações impactantes para denunciar a exploração de hidrocarbonetos.
A polícia disse que prendeu duas mulheres suspeitas de causar danos "com o que parece ser tinta em pó na Abadia de Westminster".
No passado, o grupo concentrou suas ações em locais culturais no Reino Unido, como a National Gallery, onde ativistas lançaram sopa na obra "Os Girassóis" de Vincent Van Gogh, além de eventos esportivos, como o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Silverstone e o torneio de tênis de Wimbledon. Vários de seus ativistas foram condenados à prisão.
* AFP