Políticos, empresários e intelectuais lamentaram a morte, neste domingo, do ex-presidente americano Jimmy Carter. Ele tinha 100 anos e desde 2023 estava sob cuidados paliativos em sua casa, em Plains, no estado da Geórgia, nos EUA.
Carter governou os Estados Unidos de 1976 a 1981, mas não conseguiu a reeleição. Em 2002, contudo, ele foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, pelo seu trabalho em defesa dos direitos humanos, dos valores democráticos e em busca pela solução de conflitos armados ao redor do mundo.
Em publicação no X, o ex-presidente dos EUA Barack Obama escreveu que Carter ensinou "o que significa viver uma vida de graça, dignidade, justiça e serviço". No pronunciamento, Obama destacou grandes feitos de Carter, mas especialmente a sua dedicação após a presidência.
"Monitorando mais de 100 eleições ao redor do mundo; ajudando a praticamente eliminar a dracunculose, uma infecção que atormentava a África há séculos; tornando-se o único ex-presidente a ganhar um Prêmio Nobel da Paz; e construindo ou reparando milhares de casas em mais de uma dúzia de países com sua amada Rosalynn, como parte do Habitat para a Humanidade", escreveu Obama.
Em uma rede social, o ex-presidente americano Bill Clinton e sua esposa Hillary Clinton publicaram em conjunto uma nota, afirmando que estão de luto pela morte de Carter.
"Guiado pela sua fé, Presidente Carter viveu para servir aos outros - até o fim", diz a nota publicada no X. O pronunciamento ainda destacou trabalhos de Carter em diversas frentes, complementando que ele lutou "incansavelmente por um mundo melhor e mais justo".
Também em uma rede social, o senador americano Bernie Sanders afirmou que Carter "será lembrado como um homem decente, honesto e pé no chão".
"Jimmy Carter, tanto pelo que fez como presidente quanto em seus últimos anos, será lembrado como um homem decente, honesto e pé no chão. Ele fará muita falta. Jane e eu enviamos nossas condolências à família Carter", disse Sanders.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que Carter teve um trabalho incansável na busca pela paz.
"Ao longo da sua vida, Jimmy Carter defendeu os direitos das pessoas mais vulneráveis e liderou incansavelmente a luta pela paz. A França envia os seus comovidos pensamentos à sua família e ao povo americano."
Melinda French Gates, empresária e ativista americana, mais conhecida por seu trabalho com a Fundação Bill & Melinda Gates, disse no seu perfil do X (antigo Twitter) que Carter "foi um pacificador, um servidor público, um homem de fé, um parceiro dedicado de Rosalynn - e o pior pesadelo da dracunculíase", referindo-se ao trabalho do ex-presidente em combater a doença.
Em um texto elogioso de quatro parágrafos, Melinda destacou os esforços do Carter Center em lutar contra "as doenças que afetam as pessoas mais pobres do mundo".
"Honramos o presidente Carter lembrando que, por causa dele, a vida é mais saudável, melhor e mais segura, não apenas para uma vida, mas para milhões", concluiu Melinda.
A ONG Human Rights Watch escreveu que "Carter deu um exemplo poderoso para os líderes mundiais ao colocar os direitos humanos como prioridade, e continuou lutando por eles mesmo após deixar o cargo", em uma publicação no X acompanhada de um vídeo.