Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6) após alcançar o número necessário de delegados para vitória no Colégio Eleitoral. Ao tomar posse, em janeiro, o republicano se tornará o chefe das forças armadas do país, da qual elogiou o poder, mas também disse que está enfraquecido e precisa de ser reconstruído.
Para esse segundo mandato, Trump prometeu não enviá-las a conflitos no Exterior, mas já insinuou que avalia usá-las em casa.
Durante o mandato anterior (2017-2021), o republicano teve desentendimentos com generais e foi acusado de chamar soldados mortos em combate de "perdedores", o que ele nega.
Recentemente, um dos seus assessores causou polêmica ao empurrar um funcionário no cemitério militar de Arlington, considerado o cemitério mais sagrado dos Estados Unidos.
Durante a campanha presidencial, Trump sugeriu que poderia enviar as forças armadas para as ruas dos Estados Unidos para "lidar com a agitação interna ou com os migrantes".
Para a analista de Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, Kathleen McInnis, militares podem ficar em apuros se ele insistir em manter a sua palavra.
— Os soldados são obrigados a não seguir ordens ilegais, mas a linha entre o legal e o ilegal pode ser tênue em alguns casos — disse.
No início deste ano, Trump disse à revista Time que planeja realizar deportações em massa de imigrantes sem documentos com a ajuda da Guarda Nacional, uma força militar de reserva.
— Mas se eu achar que as coisas começam a ficar fora de controle, não terei problemas em usar as forças armadas regulares — acrescentou.
Mais recentemente, disse à Fox News que a Guarda Nacional ou o exército deveriam ser utilizados, se necessário, contra o que define como um "inimigo interno", prometendo ir atrás dos "loucos e malucos da extrema esquerda".
O republicano também tem falado regularmente da ideia de utilizar os serviços de operações especiais para acabar com os barões da droga no México.