O jornalista Mauricio Cruz Solís, foi assassinado a tiros na noite de terça-feira (29) no estado de Michoacán, uma região do oeste do México afetada pela violência ligada ao crime organizado, informou o Ministério Público local.
Solís trabalhava para o site "Minuto x Minuto" e apresentava um noticiário da rádio local "La Poderosa Uruapan".
O MP de Michoacán anunciou a abertura de uma investigação sobre o ataque com arma de fogo na cidade de Uruapan que matou o jornalista e deixou outra pessoa ferida.
A estação de rádio para a qual Solís trabalhava lamentou a morte em um comunicado publicado nas redes sociais.
"Mauricio foi mais que um colega, foi um amigo incondicional, uma fonte de inspiração e uma voz incansável a serviço da nossa comunidade", afirmou a empresa.
O México, afetado por uma onda de violência do crime organizado, é considerado um dos países mais perigosos para o exercício do jornalismo, com mais de 150 profissionais da imprensa assassinados desde 1994, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
A morte Solís é o primeiro homicídio de um jornalista durante o governo de Claudia Sheinbaum - que assumiu a presidência em 1º de outubro.
Durante o mandato do ex-presidente Andrés Manuel López Obrador (2018-2024), o país registrou 39 homicídios de profissionais da imprensa e confrontos acirrados com os meios de comunicação tradicionais.
No governo de Felipe Calderón (2006-2012), que iniciou a polêmica ofensiva militar antidrogas, 58 jornalistas foram assassinados, enquanto durante o mandato de Enrique Peña Nieto (2012-2018) foram 38, segundo um balanço da RSF.
* AFP