O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela pediu nessa sexta-feira (2) que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) entregue as atas de votação das eleições do último domingo (28), em que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito, em meio a denúncias de fraude feitas pela oposição.
As autoridades eleitorais declararam Maduro reeleito com 51,21%. Governos de outros países, como Argentina e o Chile, e entidades internacionais apontam irregularidades na eleição. Uma nota assinada por Brasil, Colômbia e México também pede a divulgação das atas eleitorais na Venezuela.
A Sala Eleitoral do TSJ, de linha governista, solicitou à autoridade eleitoral as "atas de votação das mesas eleitorais em nível nacional" e a "ata de totalização definitiva", além das de atribuição da vitória a Maduro, segundo comunicado da máxima corte do país.
O pedido foi uma resposta a um recurso apresentado pelo presidente socialista para que o tribunal "certifique" os resultados, o que a oposição rejeita, por considerar que não é de sua competência.
O CNE já ratificou Maduro como vencedor das eleições contra Edmundo González Urrutia. No entanto, a autoridade eleitoral ainda não divulgou os resultados detalhados, alegando que seu sistema foi hackeado.
O TSJ também solicitou que o CNE apresente "todos os elementos de prova associados" ao ataque cibernético.
