O Catar condenou nesta quarta-feira (31) o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque em Teerã atribuído a Israel, um ato que chamou de "crime atroz", e fez uma alerta contra uma "escalada perigosa" na região.
O Catar, que abriga a liderança política do grupo terrorista, do qual Haniyeh era integrante, considerou que constitui "uma violação flagrante do direito internacional e do direito humanitário", segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
O reino afirmou ainda que o assassinato pode "afundar a região no caos e minar as possibilidades de paz".
Catar, Estados Unidos e Egito atuam como mediadores nas negociações para uma trégua na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro catari, Mohammed bin Abdelrahman al Thani, questionou a continuidade da mediação.
"Os assassinatos políticos e o fato de que os civis continuam no alvo em Gaza nos levam a perguntar como uma mediação pode ter sucesso quando um lado assassina o negociador do outro lado. A paz exige interlocutores sérios", escreveu na rede social X.
O Ministério das Relações Exteriores do Catar reafirmou "a posição firme do Estado do Catar, que rejeita a violência, o terrorismo e os atos criminosos, incluindo os assassinatos políticos, independente das razões e dos motivos".
O Catar abriga o gabinete político do Hamas desde 2012, quando o movimento fechou seu gabinete em Damasco.
A imprensa iraniana informou que o ataque que matou o líder do Hamas atingiu "residências especiais para veteranos de guerra no norte de Teerã", onde ele estava.
Ismail Haniyeh compareceu à cerimônia de posse do presidente iraniano, Masud Pezeshkian, em Teerã.