O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, afirmou nesta quarta-feira (19) que a ilha de governo autônomo permanecerá firme diante da pressão da China.
"Além da força militar, (a China) tem utilizado cada vez mais métodos não tradicionais de coerção para tentar forçar a submissão de Taiwan", disse Lai durante uma entrevista coletiva no dia em que completa um mês de governo.
"Taiwan, no entanto, não cederá à pressão. O povo de Taiwan defenderá resolutamente a soberania nacional e defenderá seu modo de vida constitucional, democrático e livre", acrescentou.
A China intensificou nos últimos anos a pressão militar e política sobre o governo de Taipé, incluindo manobras militares ao redor da ilha nos três primeiros dias de governo de Lai.
Segundo Pequim, os exercícios bélicos foram uma "punição" pelo discurso de posse de Lai, que o governo chinês considerou uma "confissão de independência de Taiwan".
A China considera Taiwan parte do seu território e não descarta o uso da força para recuperar a ilha.
O governo dos Estados Unidos anunciou na terça-feira a aprovação de duas vendas de armas a Taiwan, incluindo 300 milhões de dólares em drones e 60,2 milhões de dólares em diversos equipamentos, como mísseis teleguiados de precisão.
Lai agradeceu a Washington pelo apoio e reiterou a necessidade de desenvolver "resiliência" na estratégia taiwanesa de defesa.
"O povo de Taiwan ama a paz e é gentil com os outros, mas a paz deve ser apoiada pela força. Alcançar a paz por meio da preparação é o caminho para evitar o conflito", disse.
A China classificou Lai como um "separatista perigoso".
* AFP