O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá reunião bilateral com o Papa Francisco nesta semana na Itália. Lula viaja à Europa no fim da semana para participar de reunião da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 13 de junho, em Genebra, e da Cúpula do G7, de 13 a 15 de junho, na Itália.
Lula também terá reuniões bilaterais com o presidente da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. A reunião com o Papa foi a única solicitada pelo próprio presidente brasileiro.
Há ainda ao menos quatro pedidos de reuniões bilaterais já formalizados ao governo brasileiro que ainda não foram respondidos.
As informações foram confirmadas pelo Ministério das Relações Exteriores em briefing à imprensa no Palácio Itamaraty sobre a agenda do presidente Lula na Suíça e na Itália nesta segunda-feira, 10.
Reunião da OIT
O presidente brasileiro embarca rumo à Europa na noite de 12 de junho. Lula sairá do Rio de Janeiro, onde tem agenda prevista durante o dia. O petista desembarca, primeiro, em Genebra, onde participa da reunião da OIT.
Segundo o embaixador Carlos Márcio Cozendey, secretário de Assuntos Multilaterais Políticos, Lula foi convidado para ser o copresidente da Coalizão Global para a Justiça Social, junto do diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo.
Reunião do G7
Depois de participar da reunião da OIT em Genebra, Lula vai à Itália para o encontro do G7. A sessão principal será na sexta-feira, 14, das 14h às 17h30 (horário local). Assim como os demais líderes, o presidente brasileiro terá direito a uma fala de cinco minutos no encontro, com a possibilidade de interação com outras autoridades ao longo da reunião. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, oferecerá um jantar aos participantes às 20h30 (horário local).
As reuniões bilaterais ocorrerão na manhã da própria sexta-feira (quando deve ocorrer o encontro entre Lula e o Papa Francisco, por exemplo) e na manhã de sábado, 15.
De acordo com o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros, embaixador Mauricio Lyrio, o ambiente político na Europa, com o crescimento de partidos de direita e extrema-direita no Parlamento Europeu, é um assunto local e não é um tema de nenhuma das reuniões de Lula com as autoridades - como Macron e von der Leyen, por exemplo.
Lyrio disse, ainda, que não houve pedidos de reuniões bilaterais com a Argentina e a Ucrânia. A praxe brasileira é não fazer pedidos desse tipo de encontro (a exceção foi com o Papa), mas apenas analisar as propostas dos outros países.
Estão entre os temas da reunião do G7 a inteligência artificial, energia, África e mediterrâneo. O Papa Francisco será o orador inicial dos dois primeiros tópicos, enquanto o presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, será o orador inicial sobre os dois últimos.
Em seu discurso ao longo da reunião, Lula deve falar sobre a presidência brasileira do G20, que vai até novembro de 2024. O presidente fará uma apresentação sobre os objetivos e prioridades nesse período.
A criação da Aliança Global Contra a Fome e Pobreza no âmbito do G20 é uma das prioridades do governo brasileiro durante a presidência do grupo e também deve fazer parte do discurso de Lula. A iniciativa tem como objetivo atrair recursos para a implementação de políticas públicas para promover a segurança alimentar e reduzir as desigualdades sociais em todo o planeta.