Os rebeldes huthis do Iêmen prenderam 18 trabalhadores humanitários, entre eles dez pessoas que trabalham para as Nações Unidas, em uma operação coordenada, indicaram uma ONG local e uma fonte diplomática.
As detenções ocorreram em quatro áreas do país em guerra controladas pelo grupo rebelde, que tem o apoio do Irã, disse a organização iemenita de direitos humanos Mayyun.
"O grupo armado huthi invadiu as casas e sequestrou funcionários das Nações Unidas e de outras organizações internacionais que operam em quatro áreas" sob seu controle, disse a organização.
Uma fonte diplomática que pediu anonimato disse à AFP na quinta-feira que mais de 10 trabalhadores humanitários, incluindo pessoal da ONU, foram detidos.
As detenções foram "simultâneas", segundo a ONG, e ocorreram em Sanaa, a capital, e nas cidades de Hodeida, Amran e Saada, tradicional bastião dos rebeldes.
Nem os huthis nem a ONU comentaram a informação.
As prisões são uma prova da perigosa tarefa dos trabalhadores humanitários no Iêmen, cuja longa guerra civil levou o país a uma das piores crises humanitárias do mundo.
Os huthis tomaram o controle de Sanaa em setembro de 2014, o que provocou uma intervenção militar liderada pela Arábia Saudita.
* AFP