Pelo menos oito pessoas morreram nesta segunda-feira (17) em uma colisão entre um trem de carga que ignorou um sinal e um trem de passageiros no estado de Bengala Ocidental, no leste da Índia.
Cinquenta pessoas ficaram feridas, disse Jaya Varma Sinha, presidente do Conselho de Trens indianos, em um comunicado em que afirmou que o trem de mercadorias "ignorou o sinal e colidiu com o trem por trás".
Entre os falecidos estão o motorista e o seu assistente, que não respeitaram o sinal, assim como um guarda e cinco passageiros, explicou Sinha.
A responsável garantiu ainda que o saldo poderia ter sido muito maior, mas que os últimos vagões do trem de passageiros, os que receberam o golpe mais violento, transportavam na verdade mercadorias e não pessoas.
Um relatório anterior relatou sete mortes.
Imagens transmitidas pela televisão indiana mostram os restos dos vagões tombados.
Um policial local, Iftikar Ul Hassan, disse à AFP que "as estradas estavam sendo desobstruídas" e que as equipes de emergência estavam fazendo todo o possível para voltar a "deixar a linha operacional".
As operações de resgate foram concluídas, disse Praween Prakash, chefe de polícia do distrito de Darjeeling, onde ocorreu o acidente.
"Estamos trabalhando agora para remover os escombros", afirmou.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, expressou suas condolências "àqueles que perderam seus entes queridos". E a ministra principal de Bengala Ocidental, Mamata Banerjee, chamou o acidente de "tragédia".
O acidente é o mais recente a atingir a envelhecida rede indiana, que transporta milhões de passageiros todos os dias.
A Índia tem uma das redes ferroviárias mais extensas do mundo e já registrou vários acidentes fatais, o mais grave deles em 1981, quando um trem descarrilou em uma ponte no estado de Bihar, uma tragédia que matou 800 pessoas.
Em junho de 2023, quase 300 pessoas morreram em uma colisão de trens no estado de Odisha, leste do país.
Nos últimos anos, a Índia iniciou uma campanha para reformar a rede ferroviária e investiu milhões de dólares para modernizar as estações e os sistemas de sinalização.
* AFP