O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou, neste sábado (25), que seu governo mobilizou 2.000 soldados e 1.000 policiais armados com fuzis em cinco bairros da cidade de Apopa (norte), em busca de remanescentes de gangues.
"Depois de várias denúncias civis, acabamos de instalar um cerco de segurança nas colônias Tikal 1, 2 e 3, Vale do Sol e La Chintuc, em Apopa", disse o presidente em sua conta na rede social X.
Bukele afirmou na plataforma que foram mobilizados 2.000 soldados e 1.000 policiais, e compartilhou vídeos de homens fardados caminhando pelas ruas armados com fuzis e vestindo coletes à prova de balas.
A pé ou em viaturas, soldados e policiais entraram nos cinco bairros, onde montaram blitze veiculares nas entradas de ruas e passagens.
Apopa é uma cidade de 131.000 habitantes e se situa 13 km ao norte da capital, San Salvador, que sofre com a forte presença das gangues violentas Mara Salvatrucha (MS-13) e Barrio 18.
A polícia confirmou no X que a operação já resultou na prisão de quatro membros da gangue Barrio 18.
Há mais de dois anos vigora em Em Salvador um regime de exceção ordenado pelo presidente Bukele e com o qual foi impulsionada uma "guerra" às gangues.
Bukele declarou a ofensiva contra as gangues em 27 de março de 2022, após a ocorrência de 87 homicídios em um fim de semana, apoiado no questionado regime de exceção, que permite realizar prisões sem ordem judicial.
Desde o início desta ofensiva, foram detidos pouco mais de 80.000 supostos membros de gangues, segundo as autoridades.
No entanto, grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que entre os detidos há muitos inocentes e que a "crise" dos direitos humanos pode "se perpetuar" no país.
Essa ofensiva contra as gangues devolveu a tranquilidade às ruas, e isso fez subir a popularidade de Bukele, reeleito em fevereiro para um segundo mandato de cinco anos.
* AFP